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domingo, 22 de maio de 2011

Prática de exercícios e alimentação balanceada: fundamentos para uma vida longa e saudável

Ana Pessoa Santos e Ayalla Simone Nicolau
Para o blog Jornalismo Científico

A saúde é um estado de bem estar físico, psíquico e social. Para que uma pessoa tenha uma vida saudável, é preciso que esses três aspectos sejam considerados. Uma alimentação saudável e balanceada, desde criança, contribui para o bem estar físico e é uma grande aliada para viver-se mais, e melhor.
Segundo o pediatra Yuri Caldas, a busca pelo bem estar físico passa por uma alimentação adequada, prática de exercícios físicos e prevenção de doenças através de imunizações (vacinas). Já a saúde física e social pode ser proporcionada para uma criança “por uma família estável, em que o carinho, o amor e o cuidado sejam fatores determinantes nas relações interpessoais”, afirma.
Caldas explica que a alimentação tem papéis fundamentais durante a infância. “A alimentação proporciona os nutrientes que a criança necessita para ter um desenvolvimento adequado, ou seja, para atingir seu potencial genético de peso e estatura; e ajudar na prevenção de doenças”, comenta Caldas.
Como nessa fase as necessidades nutricionais são maiores devido ao intenso crescimento, é importante que a alimentação forneça todos os nutrientes necessários. A nutricionista Fernanda Cipriano afirma que devem ser ofertados às crianças alimentos que contenham ferro, cálcio, zinco e vitaminas, que são elementos importantes para uma vida saudável. “Cada indivíduo deve ter sua alimentação balanceada, uma vez que ninguém tem o organismo igual ao outro, mas uma regra geral é o fracionamento das refeições. As pessoas devem alimentar-se a cada três horas, evitando o consumo de alimentos gordurosos, que podem causar elevação do colesterol, doenças cardiovasculares e obesidade”, ressalta a nutricionista.
Gilmara Santos Antony é mãe de dois meninos e confessa ter muita dificuldade em fazê-los comer na quantidade adequada. “O Ítalo tem 14 anos, está com sobrepeso e come de tudo, mas em grandes quantidades. E o David completou quatro anos e não quer saber de comida, na hora do almoço eu tenho que gritar: Ítalo, para de comer! David, coma!”, conta a mãe, que acha a situação engraçada.
“Os pais devem fazer da comida uma arte, de modo a chamar a atenção das crianças, que ainda estão conhecendo os alimentos”, diz a nutricionista. Ela ainda lembra que “os hábitos e alimentos saudáveis serão aprendidos de acordo com o que os pais comem e colocam na mesa para os filhos”.
A alimentação saudável é importante, mas não é o suficiente. Para manter uma vida saudável, é necessário se exercitar regularmente desde pequeno. A criança pode praticar exercícios físicos a partir dos primeiros meses de vida. A natação, por exemplo, pode ser praticada por bebês, acompanhados pelos pais. “O importante é que as atividades sejam adaptadas à faixa etária de cada praticante e que preferencialmente apresentem um caráter lúdico”, diz Caldas.
A preparadora física Mônica Martins, especialista em fisiologia do exercício e suas prescrições, conta que a atividade física é indicada para o ser humano em todas as idades, e, portanto, deve ser estimulada independente de sexo ou idade. “Basta adaptar à etapa do desenvolvimento e às condições de cada criança, evitando os exercícios de força sem acompanhamento, aqueles que levam a hipertrofia da massa muscular, pois os músculos enrijecidos opõem-se ao crescimento ósseo”, diz. Ela ressalta ainda que só a partir dos 12 anos é que se pode iniciar uma atividade visando resultado.
Para as crianças, segundo a preparadora física, é indicado andar, correr, pular, subir, nadar. Isso deve ser feito através de jogos que visam à coordenação motora. É importante lembrar que a natação, que é uma excelente atividade física, pode não ser indicada, temporariamente, para crianças com rinite-sinusite crônica.
Já para as crianças com sobrepeso, a preparadora física explica que os exercícios recomendados são os de baixo impacto e que não forcem as articulações como caminhadas, natação, hidroginástica, bicicleta e esteira. “O ideal é que as atividades sejam diárias, e acompanhadas por profissionais especializados, respeitando as limitações do excesso de peso”, recomenda Martins. Ela ressalta ainda que as atividades físicas não se limitam a frequentar uma academia diariamente. “Sair a pé, levar o cachorro para passear, evitar o elevador usando mais escadas, caminhar até a banca ou a padaria são exemplos”, explica.

Dicas para uma boa alimentação:
  • É fundamental alimentar-se de 3 em 3 horas. O ideal é comer menos e mais vezes, evitando que o organismo armazene energia para suportar longos períodos em jejum. Para quem fica muito tempo fora de casa, é bom carregar consigo frutas e iogurtes light.
  • Também é necessário conhecer a composição dos alimentos e ler a informação nutricional da hora de comprar. Barras de cereal, biscoitos integrais, bebida à base de soja, sopas light, adoçante e suco de caixinha, não são tão saudáveis como se pensa. Estes alimentos geralmente são ricos em açúcar, sódio e gordura, estando longe de serem produtos que fazem bem à saúde.

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