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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Esquadrilha da fumaça fará apresentação em Paracatu




A Esquadrilha da Fumaça, grupo de pilotos e mecânicos da Força Aérea Brasileira (FAB) que fazem demonstrações de acrobacias aéreas pelo Brasil e pelo mundo se apresentará em Paracatu na próxima sexta-feira, 01 de outubro. A Esquadrilha surgiu na década de 50 e tem como missão contribuir para a difusão da imagem da FAB junto aos públicos interno e externo. 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PEC dos Jornalistas continua em votação


Ana Pessoa e Ayalla Simone
A Proposta de Emenda Constitucional para regulamentação da profissão de jornalista está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) e poderá ser aprovada após as eleições de outubro. A PEC foi recentemente aprovada na Comissão Especial da Câmara e o projeto está pronto para ir ao plenário, precisando ser aprovado duas vezes, com 308 votos favoráveis, antes de ir ao Senado.

Após a decisão por oito votos a um no STF em 17 de junho do ano passado, ficou decidido a não obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão. Na época, o relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, afirmou que a exigência do diploma fere o direito de liberdade de expressão garantido pela constituição federal e até comparou a profissão com a de um cozinheiro. “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado, mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até a saúde e à vida dos consumidores", alfinetou.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) foi o único deputado a acompanhar o julgamento do diploma, e 20 dias após a decisão apresentou a PEC dos jornalistas, para restabelecer a necessidade do diploma de jornalismo no Brasil, alegando que os ministros do STF confundiram liberdade de expressão com liberdade de informação jornalística. Para ele, a PEC dá mais garantia à sociedade de um trabalho profissional, sério e comprometido com o interesse social. “Maus profissionais existem em diferentes áreas, mas não é por isso que vão acabar com o diploma de outras carreiras, como medicina, engenharia ou direito. O que o STF fez foi tão injusto que os ministros sequer relevaram o fato de o jornalista possuir o direito de sigilo da fonte. Em vista disso, como qualquer um pode ser jornalista, todos passam a ter esse direito. Podemos chegar a uma situação curiosa e absurda: um suspeito pode utilizar esse mecanismo ao ser interrogado pelas autoridades de segurança, declarando-se jornalista free-lancer, que está em serviço, e que não é obrigado a revelar nada, pois tem o direito ao sigilo da fonte”, justificou.

Pimenta afirma que a volta da exigência do diploma de jornalista é muito esperada por todos. O deputado cita pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em que 77% da população se posiciona favorável à volta do diploma.

A desregulamentação da profissão de jornalista

O Supremo Tribunal Federal derrubou por 8 votos a 1 a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão no dia 17 de junho de 2009. Os argumentos utilizados foram que a obrigatoriedade do diploma fere a liberdade de expressão e do livre pensamento garantidos pela Constituição de 1988 e ainda que, para se exercer o jornalismo, não é necessário conhecimento técnico específico, o que desconsidera a prática legítima do jornalismo.

Com a não exigência do diploma para ser jornalista, qualquer pessoa pode exercer a profissão e ser reconhecida como jornalista. Assim, o Código de Ética desses profissionais, que está em vigor desde 1987, perde o seu valor, e os profissionais desta área ficam sem amparo legal.

A desregulamentação da profissão causou muita revolta na comunidade jornalística, uma vez que houve um retrocesso, pois o diploma era exigido desde 17 de outubro de 1969, quando a profissão foi regulamentada pela Junta Militar que governava o país naquela época, em que já se vivia sob o regime militar.

A opinião dos profissionais da área

No meio jornalístico, é fácil encontrar opiniões divergentes quanto à exigência do diploma. Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornalistas (ANJ), em reportagem publicada no Jornal do Comércio, no dia 20 de agosto deste ano, elogiou a derrubada pelo STF e condenou a tentativa de retomar a exigência no Congresso Nacional. Na mesma reportagem, com uma posição contrária, o atual presidente da Fenaj, Celso Schröder, que tomou posse recentemente, disse que a exigência do diploma é uma matéria difícil, pois enfrenta o interesse dos grandes meios de comunicação. “Mas estamos no Congresso pressionando. A proposta tramitou num prazo recorde, cinco meses. Isso mostra a mobilização dos jornalistas, junto com o apoio da opinião pública. Temos uma grande chance de terminar o ano com a obrigatoriedade do diploma restituída”, disse.

A jornalista e mestre em Estudos Lingüísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sônia Pessoa, que atua na área há 17 anos, é outra profissional que defende a obrigatoriedade do diploma. “São os jornalistas que registram e fazem chegar a milhares de pessoas as tragédias, a corrupção, as mazelas sociais. São os jornalistas que também tornam público o que há de bom, as conquistas, grandes momentos vividos pela humanidade”, ressaltou. Ela acredita que é necessária a formação acadêmica específica para o exercício da profissão, o que, no Brasil, está relacionado diretamente ao aprendizado acadêmico. “Escrever bem é inato, mas não se aprende a ter um olhar atento, a apurar corretamente, a desenvolver o ethos jornalístico da noite para o dia ou apenas pelo convívio nas redações”, concluiu.

André Eustáquio Melo de Oliveira, formado em Filosofia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), atua há sete anos como editor-chefe do Jornal das Lajes, de Resende Costa. Ele criou o jornal em 2003 e, mesmo quando era obrigatório o diploma, ele não tinha o provisionamento. Em agosto deste ano, apesar de ter ingressado no curso de Jornalismo, afirma que sempre foi contrário à obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. “Para ser um bom jornalista, acredito, vale a competência, o capital intelectual, o talento para escrever e para descobrir boas histórias e apurar as informações”, afirmou.

Ele ressalta que a profissão deve ser regulamentada, porém sem que haja a exigência do diploma. “Se há pessoas competentes, capazes de qualificar as redações dos jornais, revistas, emissoras de rádio e TV, formando opinião, atraindo leitores, por que excluí-las devido ao fato de não obterem o diploma de Comunicação?”, questionou.

O editor do Jornal das Lajes ainda lembra que, “atualmente, a obrigatoriedade do diploma para o exercício legal do jornalismo excluiria da imprensa brasileira personalidades cuja competência é inquestionável, como o Bacharel em Direito, Arnaldo Jabor, o médico Dráuzio Varela e o teólogo Rubem Alves”, frisou.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carteira Escolar Inclusiva na Bienal Brasileira de Design

Carteira escolar inclusiva

A Carteira Escolar Inclusiva (CEI) será apresentada na Bienal Brasileira de Design, de 14 a 31 de setembro, em Curitiba. A CEI é um produto 100% brasileiro, desenvolvido com base nos parâmetros do design universal, que tem como objetivo a inclusão de todos os alunos dEFICIENTES ou não na escola. A meta é proporcionar um posicionamento correto, estabilidade e segurança intelectual na realização de tarefas escolares.

 O objetivo do projeto foi criar um mobiliário de Design Universal para ser usado por todos os alunos, sem realçar a dessemelhança ou provocar descriminação.  Sendo assim, o Instituto Noisinho da Silva, em parceria com Índio da Costa Design e apoio da Petrobrás e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre outros parceiros, desenvolveram a Carteira Escolar Inclusiva.

A designer mineira Érika Foureaux, fundadora da Noisinho da Silva, explica que a carteira traz o conceito humanista de inclusão. “Respeita a diversidade humana e transforma o ambiente em que se encontra num ambiente inclusivo. A Carteira Escolar Inclusiva é fruto de um compromisso que resultou na criação de uma solução responsável, consistente e viável”.

O produto
As dimensões, regulagens, inclinação e formas são resultado de pesquisa antropométrica feita com mais de 3 mil crianças, dEFICIENTES ou não, em 28 escolas, que antecedeu a fase de design do produto. Nenhum detalhe, design ou regulagem foi feito ao acaso neste projeto. Um rigoroso estudo e vários testes foram realizados, durante as varias fases de construção do produto, com a finalidade de atender ao maior número possível de usuários, com suas particularidades como altura, peso, comprometimento motor e sensorial.  Atendendo às medidas antropométricas do corpo estático e em movimento, obtivemos o dimensionamento correto da cadeira e da mesa.

Por ser regulável em altura, profundidade e inclinação, a carteira atende à faixa etária diversificada, adequando-se às necessidades de cada indivíduo e respeitando assim a diversidade humana na busca por uma sociedade mais justa.

O conjunto mesa-cadeira conta com acessórios como cinto, sela, apoio para os pés, aparador de objetos e um espaço lateral para armazenar livros e demais objetos. Este conjunto de acessórios auxilia a retificação postural e permite maior autonomia, segurança e desempenho nas tarefas escolares.

No âmbito dos materiais, a CEI é confeccionada em PEMD (polietileno média densidade), Aço, Nylon com fibra e PP (polipropileno). O conjunto é totalmente reciclável e foi desenvolvido de modo a tornar fácil sua manutenção e desmontagem. Com isso os componentes podem ser utilizados na reciclagem.

A durabilidade do produto em longo prazo e a resistência, oferecida pelo plástico oriundo do processo de rotomoldagem, aumentam consideravelmente o ciclo de vida do mesmo.

Noisinho da Silva
O Instituto Noisinho da Silva é uma organização não governamental sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultural, social e técnico-científico, que trabalha a inclusão social da criança portadora de dEFICIÊNCIA física, desenvolvendo projetos na área do design universal e atividades  educacionais, culturais e assistenciais, conscientizando a sociedade sobre a importância destes projetos no processo de inclusão social e, sobretudo, na melhoria da qualidade de vida dessas crianças, promovendo acessibilidade, autonomia e independência nos ambientes frequentados por elas. Cria objetos adequados ao ambiente, às necessidades, à função e à comunidade.

Design universal
Design universal é uma abordagem que implica equidade e justiça social através do design de produtos e espaços, para ser usado por todos, na maior extensão possível. Ele se inscreve na busca de uma sociedade inclusiva, pelo respeito da dignidade humana em toda sua diversidade, rompendo padrões de atitudes no caminho da mudança real.


Fonte: Sônia Pessoa Comunicação
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