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terça-feira, 14 de julho de 2009

Para refletir..

Estou aqui assistindo ao Programa do Jô, que eu adoro, e ele começou hoje falando de definições de doenças por alunos. Olhem só algumas das barbaridades:

"Febre tifóide é aquela febre que ou você cura ou ela te foide."
"Febre amarela só dá em japonês."
"Hosteoporose é a doença que começa nos ossos e termina nos poros."

Isso me fez lembrar das Pérolas do Enem, então fui dar uma olhada nas do ano passado. Tem algumas que é difícil de acreditar como as pessoas escreveram aquilo. Podemos até dividir as passagens em seções.

Humor:
"A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu."
"Explorar sem atingir árvores sedentárias."
"A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo."

Confusão com o significado das palavras:
"A amazônia tem valor ambiental ilastimável."
"O problema da amazônia tem percusão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."

Pleonasmos:
"Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta."
"Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta."
"O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação."
"Temos que criar leis legais contra isso."

Diante desta situação, me pergunto se eu também não estaria escrevendo assim se não tivesse estudado em uma escola particular. Infelizmente, a educação pública do nosso país deixa muito a desejar. São poucas as excessões de escolas do governo que cumprem o papel de levar o conhecimento de forma satisfatória aos seus alunos.
Creio que o mal deve ser cortado pela raíz. Não adianta criar cotas nas universidades sem melhorar o ensino nas escolas, sou a favor da educação de qualidade desde o ensino fundamental para todos.

É por essas e outras, que acho que os políticos deviam estar mais preocupados em melhorar áreas como a educação, a saúde e o transporte público ao invés de invalidar o diploma de jornalismo..

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Queda do diploma de jornalismo.




Quando encontro as pessoas aqui em Paracatu nestas férias, sempre tem duas perguntas que elas me fazem. Se estou gostando do curso e como vai ficar agora com esse "trem" do diploma de Jornalismo. Estou amando o curso, porém fico até sem palavras para expressar a minha REVOLTA pela queda do diploma de Jornalismo, e é esta a palavra que uso para respondê-las.

Acredito que para que a informação de qualidade chegue ao público, é necessário sim a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Transformar fato em notícia não é simplesmente escrever ou falar na frente de uma câmera. É necessário o conhecimento da teoria, da estrutura do lead e da pirâmide invertida por exemplo. Na teoria, já sou Jornalista, mas não me considero apta para exercer a profissão por falta de conhecimentos teóricos, uma vez que cursei somente o primeiro período.
Confesso, que no primeiro momento, me senti muito desmotivada a continuar cursando Jornalismo na UFSJ, mas agora me sinto um pouco mais tranquilizada depois de conversar com os professores e ver depoimentos de outras pessoas sobre o assunto. Acredita-se que com a decisão do STF, o ensino do Jornalismo no Brasil será melhor, e que as empresas continuaram exigindo o diploma. Porém, o que resta agora é esperar a poeira assentar um pouco para saber como realmente ficará o mercado e, enquanto isso, expor a nossa opinião e promover manifestações na tentativa da regulamentação do diploma.
Para finalizar, vou deixar aqui uma passagem que li no orkut do Rômer que estuda comigo. "Diploma de Jornalista é igual ao tema da Norminha da novela das 8: Você não vale nada mais eu gosto de você!"

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Beleza sem retoque

A revista Época da semana passada (edição 580, 27/06/09) trouxe uma reportagem sobre um movimento que um fotógrafo alemão lançou contra os excessos de manipulação de imagens, ou melhor, excesso de photoshop e a favor das mulheres reais, naturais. A reportagem traz imagens e depoimentos de Luiza Brunet, Isabelli Fontana, Raquel Zimmermann, Raica de Oliveira e Marcelle Bittar, que aderiram ao movimento. As imagens das modelos são surpreendentes. Confira a seguir:

Deixo aqui o link da reportagem no site da revista para quem quiser olhar as fotos maiores.
http://migre.me/5KrR6

Iniciando..

Heloo internautas..

Seguindo conselhos, criei este blog para publicar alguns dos meus textos, além de discutir assuntos polêmicos, outros textos, vídeos, fotografias, filmes, séries, livros, etc.

Para começar, vou postar hoje uma resenha que fiz para a disciplina Metodologia de Pesquisa neste primeiro semestre do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da UFSJ.


ECO, Umberto. Como se faz uma Tese. São Paulo: Perspectiva, 1991.

O Capítulo 2, A escolha do tema, do livro Como se faz uma tese de Umberto Eco, fala dos diversos aspectos que o estudante deve considerar ao escolher sobre o que ele vai falar em sua tese. O livro é destinado a estudantes universitários que irão começar a desenvolver o seu trabalho, de forma a orientá-los e esclarecer suas dúvidas a medida que o autor desenvolve o tema.
O texto é dividido em tópicos que abordam assuntos como o tipo da tese, o tema, o tempo necessário para desenvolver bem o trabalho e a necessidade de saber línguas estrangeiras. Em cada parte do capítulo, o autor vai desenvolvendo sobre o assunto, fazendo com que o aluno aprenda passos importantes para desenvolver bem sua tese.
O autor dá vários exemplos no texto, fazendo com que o leitor perceba com mais clareza como é importante saber escolher o tema, observando vários aspectos relacionados a ele. Eco fala que quanto mais se restringe o campo da pesquisa, melhor, pois você trabalha com mais segurança.
Umberto Eco fala também sobre a diferença entre uma tese histórica e uma tese teórica. Esta é a que se propõe a atacar um problema abstrato, que pode já ter sido ou não objeto de outras reflexões, enquanto para se desenvolver aquela, o estudante deixa de lado o problema do ser, a noção de liberdade ou o conceito de ação social.
Outro ponto trabalhado por ele é a maior dificuldade dos temas contemporâneos, apesar da bibliografia ser mais reduzida e os textos serem de mais fácil acesso, as opiniões ainda são vagas e contraditórias e a nossa capacidade crítica é falseada pela falta de perspectiva. Os autores antigos necessitam de uma leitura mais cansativa e uma pesquisa bibliográfica mais atenta, porém, os títulos são menos dispersos e existem quadros bibliográficos já completos.
Sobre o tempo necessário para desenvolver a tese, o autor fala que o tempo ideal é entre 6 meses e 3 anos. Ele ainda fala que a seu ver, o ideal é que o aluno escolha seu tema no final do segundo ano de faculdade, pois ele já estará familiarizado com as disciplinas, inteirado com o tema e as dificuldades. Ao escolher a tese no final do quarto período, estudante terá tempo suficiente para se formar no prazo ideal e se necessário, mudar o tema, o orientador e a disciplina. O autor lembra que uma tese serve sobretudo para ensinar e coordenar idéias, independentemente do tema tratado.
Ao falar sobre a necessidade de saber línguas estrangeiras para se desenvolver a tese, o autor conclui que antes de estabelecer o tema de uma tese, é preciso olhar a bibliografia existente e avaliar se não existem dificuldades linguísticas significativas.
Para finalizar o capítulo, Eco sugere que o aluno procure saber sobre o orientador, entre em contato com outros diplomados anteriores e leia seus livros para saber se ele costuma ou não mencionar seus colaboradores para evitar que o orientando seja explorado pelo professor.
O livro é muito interessante para alunos que estão começando a desenvolver suas teses e necessitam de orientações sobre como fazê-la. O autor esclarece em linguagem simples vários tópicos, fazendo com que o leitor tenha mais maturidade para escolher seu tema de forma mais satisfatória.
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